Como poderia esquecer não é mesmo? O dia do meu nascimento. A senhora lembra o quão eu chorei? Acho que eu queria continuar ali, dentro de você. Lembra-se mãe daquele dia em que eu sorri pela primeira vez? E quando você me deu comida, quando eu comecei a engatinhar, você corria doida pela casa atrás de mim não é mãe? E você se lembra quando eu aprendi a falar a palavra “mãe” do meu jeito bebê de ser mas você sabia que eu estava chamando você. Você ainda se recorda dos dias em que eu levei tombos e você ajudou a me reerguer? Lembra quando comecei a andar? E aquele dia em que estávamos paradas em frente a porta da escola e você ficou com remorso de me entregar para as professoras, você se lembra mãe? Você lembra daquela vez em que a gente saiu juntas e fomos comprar uma roupa para mim? A partir daquele dia eu comecei a escolher minhas roupas, você só olhava e dava sua opinião. Lembra quando penteava meus cabelos e me arrumava para ir à escola? Me levava até a porta da minha sala e eu não queria mãe, que você fosse embora. Se lembra quando eu comecei a ter responsabilidade? Quando comecei a responder pelos meus atos? Nossa mãe, tanta coisa aconteceu! Se lembra quando tivemos nossa primeira briga? E das vezes em que eu cheguei triste e deitei no teu colo e você me deu carinho? Você se lembra das vezes em que você não estava bem e eu ficava alí do teu lado e te abraçava forte querendo te protejer? E o amor que você sempre me deu? Nada nunca se comparara ao seu olhar protetor. Sabe mãe, hoje em dia há outras mães que desfazem de seus filhos e eu penso “como pode Senhor, desfazer de uma benção que é um filho” e eu agradeço todos os dias por ter você comigo. Eu estive olhando o seu sorriso, e sabe mãe eu nunca vou estar preparada para vê-lo acabar. Você é (m)eu (a)njo (e)terno. Sabe aquelas crianças que não tem mãe? Eu fico imaginando o quão ruim deve ser quando vai chegando essa data “dia das mães” o tamanho da angústia que elas devem sentir em acordar e querer correr para desejar um dia feliz e não tê-la lá mãe. E sabe eu gosto quando você me dá broncas, eu as escuto são sempre para o meu bem. Quando você vai para o trabalho e eu pra escola eu não gostaria de deixar você partir, queria te colocar dentro da minha mochila e te levar junto ou simplesmente ir com você. Queria passar o dia todo contigo, queria palavras para descrever o efeito que você tem sobre mim mãe. E quando bate aquele aperto forte no coração, quando me dá aquela vontade de fujir eu me lembro da senhora. Quando eu acho que ninguém mais me ama, quando ninguém mais me quer ao seu lado eu lembro das noites que você ficou acordada me amamentando. Quando eu penso em me suicidar eu lembro de todos os seus eu te amo ditos. Eu lembro que se você pudesse daria a sua vida por mim mãe, e eu não faria o contrário. Se eu pudesse, faria de tudo para ter você eternamente ao meu lado.
maio 09, 2011
Mãe, você se lembra?
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